quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

02:09

O que eu quero é um palco só meu, com tudo o que preciso pra ser só seu. Soltar os verbos sem palavras, os gritos sem voz e os saltos sem pernas. Chorar e tremer e correr vomitar berrar silenciar espremer exprimir expressar extrapolar exagerar estacionar a alma onde eu possa vê-la inteira fora de mim até. Então. Retocar reformar refazer rebolar resistir ao que não é meu e parece não ter fim. Amar me odiar. Fazer entender que o sucesso é visível até quando se faz o pior papel. É só abrir a alma pro incerto. Segurança só segura. Solta agora, já é hora. Pula corre joga tropeça assopra esquece entenda que entender é perder. Tempo tesão tempero temperatura ternura a hora. Já passou e agora? Já era. Joga fora. Quando viu já começou. Começou já no fim e não foi o bastante.

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