domingo, 14 de setembro de 2008

amor 1

o amor é escravo, sempre foi.
E a submissão é a senzala dos coitados que amam.
Dormem sonhando com as cercas de veludo e suas farpas macias.

comensal

toneladas cintilantes de verbo
declinam sobre minha razão
eu vou perdendo a emoção

incoerências sutis
são caminhões de tragédias
a confiança se perde na névoa

hoje virei pelo avesso
vasculhei minha alma
e encontrei a lama mais limpa
e palavras insetos
que brotam da boca
contaminando você

e os seus olhos
cravando os espinhos
na minha confusão inocente

quem sofre mais,
quem fica louco ou quem causa a loucura?