sábado, 15 de novembro de 2008

calada

É esse cara do espelho
Que me corta a língua
Quando percorre a mente
Mas não persegue nada

É essa cara de estranho
Diminuída em seus olhos
Que gritando me cala
Ou me agride calada

Cara de medo
Fluente em silêncio
Vaga tanto que pára

De que valem palavras
Se me faltam idéias

De que valem idéias
Se não sobram palavras

E de que vale o amor
Que desperta o sofrer
Antes mesmo de nascer

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